O principal negociador chinês na Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas, Xie Zhenhua, disse hoje (9), em entrevista exclusiva à Agência Brasil, que ainda acredita na assinatura de um acordo formal para combater o aquecimento global ao final da reunião de Copenhague. Ele espera o acordo, apesar da divisão entre os países ricos e as nações em desenvolvimento nos três primeiros dias de encontro. As negociações estão apenas começando. Acho que ainda temos um longo caminho pela frente, avaliou.
O negociador chinês cobrou atitude dos países desenvolvidos para que cada proposta sobre a mesa seja avaliada seriamente. O processo não é feito apenas por entendimentos políticos. Precisamos que os países ricos entendam que é preciso ação.
A China chegou a Copenhague com uma proposta de reduzir entre 40% e 45% a emissão de CO2, por unidade do Produto Interno Bruto (PIB), até 2020, considerando os níveis de emissão em 2005. O país é atualmente o maior emissor de gases que provocam o efeito estufa do planeta.
A principal cobrança dos chineses é que os países ricos elevem as metas anunciadas antes da conferência. A meta dos Estados Unidos é reduzir as emissões em 17%, também em comparação com 2005. No entanto, o esforço norte-americano é criticado até mesmo pelos países da União Europeia.
A chefe da agência norte-americana de Mudanças Climáticas, Lisa Jackson, admitiu que a crise financeira tirou um pouco do entusiasmo da indústria do seu país para se adaptar ao uso de novas fontes de energia limpa, que podem elevar o custo de produção. Ela disse que os Estados Unidos vão trabalhar duro para garantir um acordo global contra o aquecimento global. fechada.