O Centro de Gerenciamento de Emergências retirou, por volta das 15h30, a cidade de São Paulo do estado de atenção, encerrando a prevenção para a cidade em decorrência da forte chuva que caiu desde a metade da madrugada desta terça-feira. O CGE havia declarado a situação às 3h14, em todo o município.
De acordo com o centro, o Centro recebeu a maior quantidade de água, 96,4 mm, aparecendo na sequência a Zona Oeste, com 84,5 mm, a Zona Leste, com 68,6 mm, a Zona Norte, com 64 mm e, por fim, a Zona Sul, com 49,4 mm. Mesmo fora do estado de atenção, São Paulo ainda sofre com 37 pontos de alagamento, sendo que a situação é pior na Lapa e na Mooca, onde existem sete pontos em que a passagem é prejudicada.
As chuvas de ontem deixaram um saldo de oito mortos na capital paulista. Os bairros Perus, Pirituba, Casa Verde, Jaçanã, Capela do Socorro, Parelheiros, Lapa, e Itaquera, Itaim Paulista, Ermelino Matarazzo e Aricanduva continuam com perigo de deslizamento.
INVESTIMENTOS
Em coletiva concedida na capital paulista, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse que apesar dos mais de 100 pontos de alagamentos, os resultados dos investimentos da prefeitura em relação a chuvas na cidade já começam a aparecer. De acordo com Kassab, apesar do grande volume de água que atingiu a cidade, os piscinões do Pirajussara e do Aricanduva “tiveram um comportamento bom” durante a chuva desta manhã.
O prefeito de São Paulo informou que os trabalhos de limpeza de bueiros e piscinões estão sendo realizados adequadamente e explicou que o uso de bombas está sendo aplicado para escoar o excesso de água do rio. De acordo com Kassab, parte das principais vias de São Paulo foram interditadas por conta de diversos alagamentos. Ele ressaltou que a Prefeitura colocou a disposição dos desabrigados, um abrigo, cestas básicas e colchões.”O pior ponto foi na Zona Leste”, segundo o prefeito.
Em relação aos recursos emergenciais, o prefeito de São Paulo comentou que cada subprefeito da cidade vai sobrevoar sua região para identificar as áreas de riscos dos seus bairros de maneira rápida e eficiente. Devido aos pontos de alagamento, várias linhas de ônibus também deixaram de circular. No Terminal Barra Funda, por exemplo, havia motoristas que estavam inativos desde às 7h e só voltaram a circular perto das 11h, ainda enfrentando as águas.
Sobre o rodízio de veículos, o secretário municipal de Transportes de São Paulo, Alexandre de Moraes, afirmou que as multas serão abonadas, mas ressaltou que o rodízio continuará em vigor na tarde desta terça-feira. A forte chuva que atingiu São Paulo desde a madrugada desta terça-feira deixou a cidade um verdadeiro caos. No total, seis pessoas morreram em decorrência das chuvas , vítimas de soterramentos de terras nos municípios de Santana do Parnaíba, Itaquaquecetuba e Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo.