O Ministério Público denunciou 88 pessoas por envolvimento com um esquema criminoso que teria desviado mais de R$ 410 milhões dos cofres públicos no Rio de Janeiro, estando na lista dos envolvidos Anthony e Rosinha Garotinho, ex-governadores fluminenses. Os 88 denunciados teriam utilizado ONGs e empresas de fachada para desviar dinheiro durante o governo de Rosinha, segundo o MP, que realizou as investigações por dois anos.

Em seu blog, Anthony classificou a acusação de “jogada eleitoreira”, uma vez que se tratam dos “mesmos promotores da Tutela Coletiva da Capital, que armaram uma ação de improbidade administrativa contra Rosinha, e contra os quais eu entrei com representação no Conselho Nacional do Ministério Público”, que estariam “preparando mais uma jogada” para “aparecer nos jornais”.

Ele continua, alegando que “duas ações semelhantes já foram propostas por esses mesmos promotores e foram extintas pela Justiça, por falta de base que as sustentasse. O destino da nova ação não será diferente. Eles sabem disso, mas querem fabricar manchetes, com o intuito de me prejudicar e bajular o governador Sérgio Cabral”.

O esquema fraudulento começaria com a contratação de empresas, através da Fundação Escola de Serviço Público, possivelmente sem licitação. A Fesp contratou 14 organizações não-governamentais e, analisando apenas quatro delas, o MP constatou que o rombo ao patrimônio público chega a R$ 63 milhões.

Fariam parte do esquema, ainda, o empresário Ricardo Secco, preso durante a operação Águas Profundas, e cinco pessoas de sua família: Angelina Direnna Secco, Bárbara Fialho Secco, Ricardo Fialho Secco e Silvia Regina Fialho Secco, além da atriz Deborah Secco, filha de Ricardo e que, como os irmãos (Ricardo e Bárbara) teria participação em uma das empresas utilizadas para o desvio de verbas.


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Casal Garotinho é denunciado por desvio de verbas públicas

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