A percepção de que um acordo climático não será fechado durante a conferência da ONU em Copenhague, que começa em pouco mais de duas semanas, pode mudar caso recentes declarações vindos da Casa Branca, em Washington, se confirmem.

O presidente Barack Obama dos Estados Unidos, país que é o segundo maior emissor mundial de gases de efeito estufa, disse, em mais de uma oportunidade, que seria difícil chegar a um acordo mundial de redução de emissões em Copenhague, e que o mais provável seria adiar em mais um ano um novo consenso, para desespero de todos que lutam para frear a mudança climática em curso na Terra.

Boa parte da comunidade internacional julga que se os Estados Unidos não apresentarem uma proposta efetiva para combater as causas da mudança climática, muitos países se sentirão desobrigados à cortar suas próprias emissões, principalmente a China, a primeira nação que mais polui a atmosfera.

No entanto, segundo reportagem de hoje do jornal New York Times, um assessor do governo americano declarou que Obama apresentaria uma proposta nos próximos dias.

Outra ponto de pressão sobre Obama é quanto à sua persença na Dinamarca em dezembro, atitude que daria validade às reais intenções do governo americano e poderia incentivar demais líderes na busca por um novo acordo climático durante a convenção da ONU. A confirmação de sua presença também é esperada para os próximos dias.

Dificuldade

O  presidente Obama enfrenta resistências no Congresso para aprovar uma legislação que inclua uma política de redução de emissões de gases de efeito estufa. O país foi muito criticado por não assinar o Protocolo de Kyoto, o atual acordo de redução de emissões e que vence em 2012, e agora, com Obama, parece que busca se redimir.


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Casa Branca dá sinais de que vai apresentar proposta climática para Copenhague