Os camelôs da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, estão revoltados com a determinação da prefeitura que obriga a desocupação da área durante cem dias. Segundo a Secretaria de Subprefeituras, a medida foi tomada para que a administração municipal faça a limpeza de bueiros e conserto de calçadas. Os ambulantes reclamam da queda nas vendas.

Os 74 camelôs cadastrados junto à prefeitura e que possuem autorização para montar suas barracas no local foram encaminhados para a Praça Fernando Costa, no Parque Dom Pedro II. Os vendedores irregulares permanecem nas vias ao redor da 25 de Março, mas ficam com as mercadorias enroladas em panos, para driblar a rígida fiscalização.

Com a situação regularizada junto à prefeitura, o ambulante Jair Rosa, de 53 anos, foi transferido para a rua transversal Comendador Afonso Kherlakian. “É ruim. Tem que organizar e não retirar. São pessoas que precisam trabalhar. Eu acho que isso vai acabar prejudicando muito porque as vendas vão cair. Hoje mesmo, já caiu bastante”, disse o vendedor ao portal G1.

Os próprios lojistas reclamam da falta dos ambulantes. “Muita gente vem aqui por causa dos ambulantes e acaba entrando nas nossas lojas e levando alguma coisa. Se eles não estiverem por aqui, como vai ser?”, questionou a gerente de uma loja de bijuterias, Márcia Lima Ribeiro.

Segundo a Cooperativa dos Trabalhadores e vendedores ambulantes da Cidade de São Paulo (Coopamb), a revolta dos ambulantes ocorre porque a transferência foi anunciada de última hora, sem tempo hábil para um melhor planejamento.


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Camelôs protestam no primeiro dia de retirada da Rua 25 de Março