Em um dia em que a beleza latino-americana teve grande destaque, a brasileira Larissa Ramos foi coroada ontem, domingo, Miss Terra no concurso internacional realizado nas Filipinas, no qual disputavam mulheres de cerca de 80 países.
“Sinto-me muito feliz com este prêmio, após ter trabalhado tanto, e quero agradecer a Deus e a todas as pessoas que me ajudaram”, assinalou a brasileira, emocionada após ser coroada.
Larissa, de 20 anos e nascida em Manaus, é estudante de Biologia e modelo. “No Brasil, temos a maior floresta do mundo, no Amazonas, mas também poluímos muito porque são fabricados muitos aparelhos de ar condicionado”, afirmou diante do júri. A bela brasileira, que usou um vestido verde claro, herdou traços nativos de seus avós maternos, originais de uma tribo do Amazonas.
Larissa receberá um contrato de promoção avaliado em US$ 20 mil e passará a ser porta-voz da Fundação Miss Terra e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
O segundo lugar e o título de Miss Ar foram para a filipina Sandra Seifert, enquanto a terceira colocação ficou para a representante da Venezuela, Jessica Barboza, de 22 anos e natural de Maracaibo, que recebeu o título de Miss Água.
“Belezas por uma causa” é o lema deste concurso de beleza, realizado nas Filipinas desde 2001 com o objetivo de conscientizar sobre a poluição do meio ambiente e os efeitos da mudança climática.
Eufóricos, os presentes na cerimônia, realizada no pavilhão do hotel Ecovillage, subiram ao palco para tirar fotos e parabenizar as vencedoras.
“Estou muito contente, meu primeiro objetivo ao entrar neste concurso era honrar as pessoas que confiaram em mim, este concurso tem um fim no qual acredito”, afirmou a representante venezuelana, coroada Miss Água.
“Espero que minha Venezuela querida se sinta orgulhosa de mim”, acrescentou a advogada de 22 anos Maracaibo. Ao fim da competição, a venezuelana disse ainda que a “conservação do meio ambiente tem que ser um estilo de vida”.
Já a candidata filipina, com a coroa de Miss Ar, voltou a levar seu país ao pódio do concurso, vencido no ano passado por sua compatriota Carla Henry. “Fico muito satisfeita em estar entre as quatro primeiras”, afirmou Seifert, de 25 anos, que também tem sangue canadense.
A representante do Taiti, Niuriki Teremate, escolhida Miss Talento, cativou o público com uma dança étnica, na qual balançava seguidamente uma saia de plumas ao ritmo de tambores.
A neo-zelandesa Catherine Irving dançou uma música com partes de hip-hop e cumbia, enquanto Krystle Brown, das Bahamas, interpretou com virtuosismo canções de Michael Jackson executadas por um saxofonista.
Durante a festa, houve um momento de desconforto quando funcionários do hotel tentaram sem sucesso que os jornalistas descessem das cadeiras, onde tinham subido para tirar melhores fotos.
Antes da festa final, algumas participantes se queixaram do severo ritmo da viagem pelas Filipinas, durante a qual só dormiram de três a seis horas diárias para cumprir o programa estipulado pela organização.