O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega do Senegal, Abdoulaye Wade, lançaram nesta segunda-feira em Salvador o 3º Festival Mundial de Artes Negras, que será realizado no final do ano em Dacar, capital do país africano, e terá o Brasil como convidado especial.
Lula considerou o encontro como “o lançamento de um novo capítulo” na relação entre Brasil e África e anunciou que articulará a participação de outros países latino-americanos no evento cultural, que será realizado entre os dias 1º e 14 de dezembro deste ano.
Em um emotivo discurso no qual ressaltou a influência africana em terras brasileiras, o presidente lembrou que nesta segunda se celebra o dia da África no Brasil.
Lula destacou o fato de o lançamento do festival ter sido lançado em Salvador, a primeira capital do país e a “mais negra do Brasil”, segundo ele.
Para o presidente, este “novo capítulo” nas relações entre Brasil e África tem como principal protagonista “o que mais nos une, que é nossa cultura e a arte”, já que “os laços culturais que nos unem são mais profundos que os oceanos que nos separam”, comentou.
Lula ainda disse que a “África não aparece apenas na cor da pele dos brasileiros, mas também nas almas, nos usos e nos costumes de cada um de nós”.
Lula e Wade lançaram o festival durante uma apresentação artística no teatro Castro Alves, em Salvador, após uma reunião bilateral de uma hora na qual foi assinado um acordo pelo qual o Brasil se compromete a dar apoio tecnológico para o desenvolvimento da cultura do arroz no Senegal.