Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague (Dinamarca), em dezembro, o Brasil pode condicionar o compromisso de cortar a emissão de gases de efeito estufa ao comprometimento dos países em assumirem metas de redução e de apoio financeiro às nações pobres e emergentes.


 


 “Uma coisa está um pouco ligada a outra [o compromisso do Brasil e a metas dos países desenvolvidos]. É uma negociação”, afirmou hoje (24) o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach.


 


A comitiva brasileira já anunciou o compromisso voluntário, espécie de meta sem ser obrigatória, de diminuir as emissões de gases entre 36,1% e 38,9% até 2020. “O Brasil tem a intenção de levar esses números como proposta para Copenhague, mas o que será ou não colocado no papel vai depender das negociações na conferência”, disse Baumbach. “Para cumprir esses objetivos, o Brasil necessita da ajuda dos países desenvolvidos e do financiamento”, completou.


 


O coordenador de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Banco Mundial, Mark Lundell, estima que o Brasil vai precisar de US$ 15 bilhões a US$ 20 bilhões por ano para cumprir os compromissos de redução dos gases.


 


Na próxima quinta-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai liderar a Cúpula dos Países Amazônicos para chegar a uma posição unificada para Copenhague. De acordo com o porta-voz, Lula espera do encontro uma “mensagem forte, com expressão clara dos pontos de convergência”. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, também estará presente no evento, em Manaus (AM).
 


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Brasil quer que países desenvolvidos assumam metas para reduzir emissão de gases estufa

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