Mais de 223 mil toneladas de lixo desde janeiro de 2008 e quase US$ 258 milhões gastos. Esses são os valores envolvidos com a importação de lixo pelo Brasil. Não, você não leu errado. Para piorar a situação, o País deixou de ganhar aproximadamente US$ 12 bilhões ao não reciclar cerca de 78% do nosso próprio lixo, que é desperdiçado pela falta de coleta seletiva.

Números mostram que apenas 7% das mais de 5,5 mil cidades brasileiras separam seu lixo que poderia ser reciclado, por isso a necessidade de importação de lixo, uma vez que nossa indústria de reciclagem absorve mais do que a população separa para ser reaproveitado.

A situação é surreal já que o Brasil poderia, facilmente, fornecer a matéria-prima necessária para a indústria de reciclagem sem a necessidade de gastar dinheiro para importar lixo. Seria um grande alívio para o meio ambiente e uma importante fonte de renda para milhões de desempregados caso os governos federal, estadual e municipal realmente investissem em políticas de coleta seletiva.

Um projeto de lei para uma Política Nacional de Resíduos Sólidos que, entre outros pontos, regulamenta a obrigatoriedade dos municípios na coleta seletiva, tramita no Congresso desde 1991. Enquanto não for aprovado, os resíduos continuarão a ser importados, abrindo espaço para episódios como o do lixo importado ilegalmente, que apareceu em alguns portos brasileiros há poucas semanas, vindos da Inglaterra.


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Brasil gastou US$ 258 milhões, desde 2008, para importar lixo

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