Cientistas brasileiros estão fazendo testes e adicionando de 8% a 10% de etanol anidrido de cana-de-açúcar ao biodiesel produzido a partir de oleaginosas como o girassol e a soja, informaram hoje fontes do setor.
“Até o momento, os caminhões que estão utilizando a nova mistura não apresentaram problemas de rendimento. Ao contrário, os resultados foram bastante satisfatórios”, informou o pesquisador Octavio Valsechi durante a 2ª Semana do Etanol, em Ribeirão Preto.
Valsechi, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), detalhou que o procedimento deverá ser aprovado pelos órgãos oficiais, que autorizaram para 2010 a adição obrigatória de 5% de biodiesel ao diesel convencional.
“As energias renováveis são cada vez mais oportunas para o Brasil, dono da matriz energética mais limpa do mundo”, apontou Valsechi, referindo-se ao percentual de 14% de biocombustível que receberá o diesel usado no país.
No país, a gasolina brasileira recebe obrigatoriamente 25% de etanol e 94% da nova frota de automóveis que sai das fábricas já tem a tecnologia flex, que permite a combustão em um mesmo tanque utilizando gasolina e álcool.
Segundo Valsechi, o país começou em julho a vender a primeira motocicleta flex do mundo e colocou em atividade um ônibus movido exclusivamente por biodiesel, o primeiro na América Latina.