No Dia Internacional da Alfabetização (9), o Brasil aparece como o país com o maior número de analfabetos na América Latina, apesar de alguns progressos, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, em inglês).
No total, 14,1 milhões de brasileiros, o que equivale a 10,5% da população maior de 15 anos, não saber ler nem escrever. No mundo, são 776 milhões de adultos nesta situação.
Na última década, o Brasil reduziu essa taxa em cinco pontos percentuais. Porém, em números absolutos, essa diminuição significa a alfabetização de apenas dois milhões de pessoas.
Em 2003, o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou um programa para promover a alfabetização da população adulta centrado em municípios com taxas de analfabetismo superiores a 25%. A maioria deles fica na região Nordeste.
De acordo com os dados cedidos pelos Governos latino-americanos e reunidos pela Unesco, a América Latina tem 25 milhões de analfabetos, principalmente no Brasil e México, os países mais populosos.
Por outro lado, há nações que avançaram bastante no tema. Hoje, o Equador foi o sexto país latino-americano a anunciar que está livre do analfabetismo. Os outros são Argentina, Cuba, Venezuela, Nicarágua e Bolívia.
Com a exceção da Argentina, todos esses países conseguiram tal feito por meio da aplicação do reconhecido método cubano “Sim, eu posso” com a ajuda financeira de Caracas.
O programa teve sua efetividade reconhecida pela Unesco e já alfabetizou, de acordo com números oficiais cubanos, 3,1 milhões de pessoas em 28 países.
Além disso, nações como Paraguai, Costa Rica e Chile têm feito constantes progressos em termos de alfabetização e estão próximos de serem considerados como livres do analfabetismo.
Os países que apresentam taxas de analfabetismo abaixo de 4% da população adulta são considerados como livres do problema.
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