Agosto não foi um dos melhores meses para a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovepsa), levando em conta a valorização conquistada em todo o ano. No entanto, a alta de 3,15% no mês foi o suficiente para deixar esse tipo de investimento à frente das demais opções existentes no mercado.
O que potencializa a importância do investimento na bolsa são os juros básicos em níveis baixíssimos. Eles têm afetado o retorno de investimentos com fundos DI e os CDBs. Para se ter uma ideia, em agosto, a rentabilidade dos Certificados de Depósito Bancário (CDB) ficou em 0,68%. Já os fundos de DI tiveram ganho de 0,7%. Essa modalidade de aplicação segue de perto a oscilação da Selic.
Em reportagem publicada pela Folha de S. Paulo, o economista-chefe da Sul América Investimentos, Newton Rosa, afirmou que o resultado expressivo da Bolsa foi conquistado na primeira parte de agosto, quando a alta foi mais expressiva.
Para Rosa, a tendência é que a Bovespa siga com valorização. “Esse período mais turbulento não deve se estender por muito tempo, a não ser que comecem a surgir dados econômicos muito fracos. Vejo a Bolsa retomando a força em breve”.
Já o investimento preferido dos brasileiros, a caderneta de poupança, teve em agosto uma rentabilidade de 0,52%. Só que não são cobradas as taxas de administração e também não há a incidência de Imposto de Renda.
No entanto, desde que a taxa básica passou a ser reduzida de forma mais intensa, nos últimos meses, ganhou força a discussão em torno dos riscos de os investidores migrarem dos fundos para a caderneta.
Outro destaque em agosto foi o dólar. Investimento na moeda americana havia deixado de ser atrativo por conta das constantes quedas da cotação. No entanto, a divisa encerrou agosto com alta de 1,34%.