Durante a última década, poucos programas no Reino Unido foram capazes de criar tanta polêmica e escândalo como o Big Brother, que chega agora a seu fim por questões criativas e econômicas.
O Channel 4, um canal de televisão privado britânico que têm os direitos do programa desde sua estreia em 2000, anunciou hoje que a edição onze do reality show, que será transmitida no início de 2010, será a última.
Ao longo de sua história, a casa do Big Brother britânico foi testemunha de romances, cenas de sexo explícito, violentas brigas, que necessitaram a intervenção da segurança privada do programa, e graves incidentes racistas.
O diretor de programação da cadeia, Kevin Lygo, afirmou que a decisão de acabar com o programa “responde mais a questões criativas que comerciais”.
No entanto, muitas vozes indicam que a verdadeira razão para o cancelamento do programa é a incapacidade da cadeia de fazer frente aos requerimentos econômicos da produtora, a holandesa Endemol.
“O Big Brother continua sendo rentável, apesar da queda no número de espectadores. No entanto, temos que cumprir com uma função pública e buscaremos novas formas de criatividade”, explicou Lygo.
De fato, os executivos da cadeia deverão agora buscar alternativas para preencher as mais de 200 horas de programação em horário de máxima audiência, que até agora eram ocupadas pelo reality show.
“O Big Brother deixa um buraco enorme na cadeia”, afirmou o diretor do Channel 4, Julian Bellamy.
