Ontem foi a grande final de O Aprendiz 6, apresentada por Roberto Justus e transmitida direto do Memorial da América Latina, em São Paulo, a partir das 23h. Mas um grupo de oito pessoas foi escolhido para chegar antes e acompanhar o passo-a-passo do que acontecia no local, e conversar com os conselheiros Walter Longo e Cláudio Forner. Virgula esteve lá.
O “grupo dos oito” era formado de pessoas que conhecem e seguem o programa desde sua primeira edição: twitteiros, blogueiros, donos de comunidades no orkut. Uma carioca presente tinha uma tatuagem do programa, nas costas. Aquelas pessoas realmente levam o Aprendiz bem a sério…
Chegamos ao Memorial às 16h e já estavam todos lá. Na parte de dentro, uma estrutura estava sendo montada do que parecia ser uma pista de dança imensa, com iluminação e som nas alturas sendo testado. Cheiro de comida também podia ser sentido – sim, ali seria o palco de uma grande festa depois do programa.
CONSELHEIROS
Após uma pequena espera, pudemos ver os conselheiros Longo e Forner descendo pela rampa e se dirigindo ao grupo. Muito simpáticos e receptivos, cumprimentaram a todos e se sentaram para uma conversa. Uma das primeiras perguntas que fizemos foi por que na prova que escolheu as semifinalistas Marina e Karina foi permitido mentir (na prova, três meninas foram deixadas no Chile apenas com os documentos e elas tinham de voltar para São Paulo mesmo assim. Quem chegasse primeiro estava na final. Foi um festival de mentiras – “minha mãe está morrendo”, “minha irmã está grávida” na tentativa de angariar fundos para a viagem).
Forner explicou que em todas as tarefas está proibido mentir. Nesta tarefa, esta regra não constava do dossiê (o conjunto de regras de cada tarefa), mas que as mentiras de cada uma seriam pesadas na sala de reunião.
Quanto às decepções pessoais: a demissão de João Granja foi a surpresa de Forner; a de Rafael foi a de Longo. E os dois concordam que a prova que mais os decepcionou foi aquela em que os concorrentes tinham de apresentar uma campanha de pizzas para o cliente e na sala de apresentação descobrem que o cliente são meia-dúzia de crianças… O fato de as meninas não conseguirem adequar a linguagem para falar com as crianças surpreendeu (negativamente) os conselheiros.
“A forma como eles se comportam no programa independe da prova. O grau de desafio facilita que determinado competidor mostre uma competência, e outro, outra. Os concorrentes têm de se adequar a uma realidade, essas provas têm muito a ver com o desafio de vida”, explicou Forner.
Longo completou: “No nosso caso, contratamos alguém no que chamamos de a contratação por excelência, ou seja, para o que a pessoa vai ser, e não para o que ela é. Eu tenho que analisar o candidato não com o que eu espero dele hoje, mas amanhã. A gente acreditou que pessoas mais jovens sao mais adaptáveis, e foi frustrante ver que não”.
AO VIVO
O programa começou pontualmente às 23h. Desde as 22h30, porém, Justus entreteve a plateia. De um lado, os VIPS, como seu pai e seus filhos, e Ticiane Pinheiro, Helô Pinheiro e Otávio Mesquita. De outro, estudantes e produção.
Ao ouvir pedidos para cantar, Justus riu e passou o microfone para Marcos Quintela, ex-Dominó e produtor de seu programa, que arriscou o verso “I’ve got you under my skin”. Pouco antes do começo do programa, Justus estava extasiado: “Se somar a audiência do SBT e da Band não bate a nossa agora”. Otávio Mesquita gritou: “É porque eu não estou no ar!”.
Ao saber que a Record estava na frente da Globo (10 pontos, segundo informações extra-oficiais), Justus comemorou novamente. Sua empolgação estava estampada em seu rosto: quem viu de casa percebeu.
Ao final, apesar de Karina Ribeiro ter sido aplaudida em quase todas as suas respostas, com a plateia realmente entretida e participativa durante todo o tempo, como se estivesse assistindo a uma final de futebol, quem levou foi mesmo Marina Erthal. Um muxoxo da plateia, algumas palmas, fogos no palco e chuva de papeizinhos picados. Karina chorava de soluçar, quando Justus anunciou que um de seus patrocinadores lhe oferecia um estágio como prêmio de consolação. A moça engoliu o choro, não seria bonito continuar em prantos na frente do nome do patrocinador.
MAIS SURPRESAS
Programa no fim, vencedora escolhida, Justus anunciou que ano que vem haverá outra edição do Aprendiz Universitário, “devido ao sucesso deste ano”.
Outra surpresa: segundo o apresentador, no segundo semestre ele comandará um game show que já é sucesso no exterior. Não disse o nome, porém. Alguém arrisca?
Ao final, a sensação: tudo foi impecável. Justus foi Justus: muito bem-preparado,
botou fogo na rivalidade entre as competidoras durante a “sala de reunião”,
provocou respostas erradas e se divertiu de verdade. O show é de
Roberto Justus, ele tem o comando, e quem mais se diverte nessa
história toda visivelmente é ele também.