A banda de rock Callejeros declarou hoje inocência ao comparecer pela primeira vez no julgamento pelo incêndio em uma boate de Buenos Aires durante uma apresentação do grupo, no qual 193 pessoas morreram.

Os membros da banda também negaram perante o Tribunal Oral Criminal 24 que tenham incentivado o uso de fogos que supostamente teriam causado o incêndio ocorrido em 30 de dezembro de 2004 no boliche portenho República Cromañón.

Os seis integrantes e o representante da Callejeros, da mesma forma que o dono da República Cromañón, Omar Chabán, seu colaborador Raúl Villarreal e cinco integrantes da Polícia, são submetidos a um julgamento oral pelo incêndio na discoteca.

A Promotoria acusa os músicos de ter organizado junto a Chabán o show, no qual -segundo testemunhas- foi permitido que entrassem pessoas com fogos.

Além disso, eles são acusados de permitir a entrada de mais fãs que o permitido de acordo com as dimensões do local e de ter escolhido para o show um lugar cuja única saída de emergência estava trancada com um cadeado e arame.

Os membros da banda alegaram que em outros shows também foi usado a técnica de fogos e consideraram que as acusações buscam reduzir a culpabilidade do Estado.

Testemunhas afirmaram que, na noite de 30 de dezembro de 2004, ocorreu um incêndio devido ao uso de fogos de artifícios jogados ao teto, o que causou queda de luz. O alto número de vítimas fatais deve-se ao fato de que muitos presentes não conseguiram deixar o local.


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Banda argentina Callejeros alega inocência em incêndio que matou 193

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