O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condicionou nesta terça-feira, em Londres, o êxito ou o fracasso da próxima cúpula sobre o clima que será realizada em dezembro, em Copenhague, à existência de uma verdadeira vontade política.
“Precisamos de vontade política. Se houver vontade política, tenho certeza de que há um caminho para conseguir um acordo vinculativo em Copenhague”, disse Ban, em declarações à imprensa, junto com o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown.
O secretário-geral das Nações Unidas afirmou que “estamos passando por um período de crucial importância para toda a humanidade” e insistiu em que “os países desenvolvidos devem oferecer alvos ambiciosos para reduzir as emissões de gases do efeito estufa até 2020”.
Brown concordou com Ban de que o consenso é possível no mês que vem, e para isso, ressaltou, é imprescindível “garantir que todos os países façam parte de um eventual acordo”.
“Acreditamos que é possível conseguir um acordo que inclua objetivos a longo e a curto prazo, e conseguir um acordo financeiro para os países em desenvolvimento”, disse o premiê britânico.
Brown considerou, na semana passada, “um grande passo adiante” a decisão da União Europeia (UE) de fazer uma oferta condicional para financiar sua parte do custo representado pelos cortes das emissões, estimados em 100 bilhões de euros anuais.
A parte que a UE financiaria estaria entre os 7 bilhões e 10 bilhões de euros anuais até 2020.