As companhias aéreas devem perder US$ 4,7 bilhões em 2009 e vão enfrentar o pior cenário dos últimos 60 anos, segundo anunciou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) nesta terça-feira (24/03).

“O ano de 2009 será o mais duro da história das companhias aéreas. Nunca vimos nada semelhante”, disse o presidente da Iata, Giovanni Bisignani, em entrevista coletiva.

A entidade explicou que 2009 será o pior ano desde 1930, dado que os últimos cálculos indicam que o lucro total cairá 12% em comparação com o ano anterior, ou seja, deixarão de ser contabilizados cerca de US$ 63 bilhões.

“Em 2008, esta foi uma indústria de US$ 530 bilhões, este ano se transformará em uma de US$ 467 bilhões”, disse Bisignani. Segundo ele, o maior problema é queda da demanda que tem ocorrido “de forma dramática”.

A entidade calcula que as perdas líquidas serão de US$ 4,7 bilhões, acima da previsão anunciada em dezembro do ano passado que era de US$ 2,5 bilhões.

Os piores resultados serão registrados este ano pelo tráfego aéreo de carga, com uma redução de 13%. Já o tráfego de passageiros deve 5,7%.

“Em janeiro, o transporte de carga caiu no mundo 23,2%, este é o principal indicador de que o mundo está em crise, que os consumidores não compram e os empresários não produzem”.

O único aspecto assinalado como positivo é a conta do combustível, já que, no ano passado, o custo do combustível derivado do petróleo representava 32% da conta total de operações das companhias aéreas e, este ano, com o preço do petróleo a US$ 50 por barril, o custo energético será de 25%.


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Aviação deve ter pior crise dos últimos 60 anos, diz Iata