Já aconteceu com o sarampo, a varíola, a catapora e agora é a vez da gripe suína. No centro do debate nos EUA, especialistas discutem, por incrível que pareça, a ideia de se procurar o contágio da doença ao invés de evitá-lo.
O pensamento parte do princípio de que sobreviver ao vírus atual, A (H1N1), que é aparentemente mediano pode servir como imunidade, caso o vírus volte mais forte. Já que existe a previsão de que uma nova gripe deve atingir o mundo no outono.
Embora para uns pareça um absurdo, a ideia não é de hoje. Em 1918 surgiu com a história da Gripe Espanhola, quando uma epidemia leve da doença apareceu na primavera e foi seguida de duas ondas mortais depois.
A prática era comum também, nos anos 70, quando as mães promoviam reuniões entre os filhos e crianças contaminadas com catapora para que elas pudessem desenvolver imunidade natural ao vírus.
Alertas públicos contra as festas já começaram a acontecer nos EUA. Rumores sobre festas passaram a aparecer em posts nos blogs como: Effect Measure, CLog e FluTrackers.com.
Mães perguntando quando é a melhor época para o contágio, outras sugerindo o encontro e tantos outros comentários, têm preocupado especialistas americanos e até mesmo os moderadores dos sites.
Segundo o infectologista Dr Luis Fernando Waib, esse tipo de festa não faz sentido algum. Não existe a necessidade de expor uma pessoa a esse vírus se daqui a pouco já vai existir uma vacina. Até porque isso não garante que a pessoa não vá pegar influenza (vírus da gripe) depois. E ainda completa que com a vacina a pessoa paga um preço baixo pela imunidade já com a doença é um preço muito alto.
O CDC (Centro de Controle de Doenças dos EUA) defende que essa é uma infecção nova, e não se sabe como cada indivíduo vai responder a ela, além dessas festas colocarem adultos e crianças em risco.