Mais de cem pessoas morreram e outras 32 continuam desaparecidas 48 horas depois da passagem da tempestade tropical Ketsana pelo terço norte das Filipinas, segundo a última apuração de vítimas feita nesta segunda (28) pelo Governo.

As autoridades temem que o saldo de mortos continue a aumentar, porque ainda restam cadáveres a serem identificados não incluídos na lista oficial do Conselho Nacional para Coordenação de Desastres, presidido pelo ministro da Defesa, Gilberto Teodoro.

Além disso, o número de deslocados aumentou para 451 mil, muitos dos quais estão há dois dias no alto dos telhados de suas casas esperando que a ajuda chegue.

As equipes de resgate têm como prioridade chegar até essas pessoas e impedir que as áreas inundadas se transformem em foco de propagação de doenças como cólera e dengue, explicou Teodoro.

Em menos de 12 horas, o Ketsana fez cair sobre as regiões afetadas uma quantidade de chuva muito superior à média mensal nesta época do ano e bateu o anterior recorde, registrado em 1967.

Foi declarado o estado de catástrofe em Manila e outras 25 províncias afetadas pelo temporal na ilha de Luzon.

As imagens de televisão mostraram dezenas de moradores de Manila desesperados no alto dos telhados de suas casas, outros se movendo em lanchas de plástico pela cidade, carros abandonados por estarem submersos e quilômetros de engarrafamentos em quase todos os 17 municípios da capital.

Ainda é cedo para calcular as perdas econômicas, mas a declaração do estado de catástrofe permitirá lançar mão dos cofres estatais para financiar o trabalho de reconstrução e as tarefas de limpeza.


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Aumenta para mais de 100 o número de mortos por tempestade tropical nas Filipinas