O número de trabalhadores no setor de serviços não financeiros cresceu 35% entre os anos de 2003 e 2007, passando de 6,4 milhões para 8,7 milhões.

A massa salarial acompanhou a expansão, saltando de R$ 61 bilhões para R$ 106,8 bilhões, mas o salário médio da categoria registrou redução: de 3,2 para 2,5 salários mínimos no período.

Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2007, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Um exemplo do fenômeno ocorrido nesses quatro anos é o dos trabalhadores dos serviços de limpeza, que eram 983,1 mil em 2003 e chegaram a 1,47 milhão em 2007. Mesmo que a massa salarial da categoria tenha dobrado no período, totalizando R$ 12,4 bilhões, o salário médio caiu de 2,2 salários mínimos para 1,7 salário mínimo.

O mesmo foi verificado no setor de alimentação, que teve expressivo aumento no número de trabalhadores – de 948,8 mil para 1,20 milhão -, mas que também registrou perdas salariais, com o salário médio caindo de 1,5 salário mínimo em 2003 para 1,4 em 2007.

Entre as explicações para as reduções nos valores pagos aos trabalhadores, segundo o IBGE, está a baixa qualificação nesses dois setores.

Na ponta oposta, mesmo entre as profissões de alta especialização, também houve redução salarial, tomando-se como base o salário mínimo.

O salário médio nos setores de telecomunicação, informática, audiovisual e jornalismo baixou de 8,2 salários mínimos, em 2003, para 5,9 salários mínimos em 2007.

Segundo o IBGE, os serviços ligados à área da informação geravam 390,3 mil empregos em 2003, número que chegou a 588,5 mil em 2007.


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Aumenta número de trabalhadores no setor de serviços, mas salário médio tem redução