Um grupo de defensores de direitos humanos pediu hoje aos Estados Unidos e às Nações Unidas proteção para os milhares de iranianos do campo de refugiados de Ashraf, no nordeste do Iraque, que foi atacado em julho por forças policiais iraquianas.
Os ativistas compartilham o temor do Conselho Nacional da Resistência Iraniana (CNRI) de que a operação policial dê início a uma onda de deportação em massa para o Irã, que repetidamente exigiu sua expulsão ao Iraque.
“Chegou o momento dos EUA, da ONU e da comunidade internacional darem voz ao povo de Ashraf, passar a ter interesse na situação e atuarem”, disse o diretor para assuntos de Paz e Reconciliação do Centro Desmond Tutu, o reverendo David Lowry, em entrevista coletiva.
Lowry pediu que o primeiro passo de Washington seja retirar a Organização dos Mujahedins do Povo do Irã (OMPI), o braço armado do CNRI, de sua lista de grupos terroristas, o que “abriria novas possibilidades para solucionar a situação”.
O campo de Ashraf, onde 3.500 opositores iranianos vivem atualmente, foi atacado no dia 28 de julho pela Polícia iraquiana, para qual as forças americanas transferiram a responsabilidade pelo campo, em janeiro.
No ataque, nove pessoas morreram, 500 ficaram feridas e 36 foram detidas, segundo a resistência iraniana.
Os EUA e a Comissão Europeia expressaram preocupação pela situação do principal grupo de oposição ao regime islâmico de Teerã.
A União Europeia (UE) retirou a OMPI da lista comunitária de organizações terroristas em janeiro.