Um atentado cometido com um carro-bomba contra um quartel da Guarda Civil na cidade de Burgos, na região central da Espanha, deixou cerca de 60 pessoas feridas na madrugada desta quarta-feira (29). O ataque pode ter sido cometido pelo grupo separatista ETA.
A explosão ocorreu por volta das 4h locais (23h da terça-feira em Brasília) na parte de trás do quartel. As autoridades tentam confirmar se o ETA cometeu este atentado, já que a organização costuma fazer um alerta antes desse tipo de crime, o que não ocorreu neste caso.
Os feridos apresentam lesões leves, principalmente arranhões e cortes. Um grupo de psicólogos presta assistência às famílias afetadas.
As autoridades não sabem dizer ainda a quantidade de explosivos usada no episódio, que deixou uma “grande cratera” no solo.
Os terroristas pretendiam “fazer o maior dano possível”, explicou o delegado do Governo na comunidade autônoma de Castela e Leão, Miguel Alejo, que se deslocou ao local do crime, assim como o presidente do Governo dessa região, Juan Vicente Herrera.
O delegado do Governo informou que apareceram alguns restos do veículo utilizado como carro-bomba, aparentemente uma caminhonete, mas “ainda não se pode determinar que tipo de veículo é, porque está completamente destroçado e seus restos estão carbonizados”.
A detonação foi de tal magnitude que destruiu a fachada de alguns dos imóveis da área e fez com que marquises e janelas ficassem penduradas. Os danos provocados a edifícios próximos foram tamanhos que provocaram a desocupação preventiva das construções.
A Polícia local disponibilizou suas próprias instalações e um ginásio de esportes para alojar provisoriamente os moradores, que disseram que o número de afetados só não foi maior porque muitas pessoas estão de férias no verão na Espanha.
