Às vésperas da decisão do futuro político do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, lideranças partidárias cobram agilidade na expulsão do político e outros envolvidos no escândalo do mensalão do Democratas.
A decisão sobre a permanência ou não do governador do Distrito Federal nos quadros da legenda ficou para a próxima quinta-feira (10). Mas líderes do DEM discordam do prazo dado pelo presidente da sigla, Rodrigo Maia, para a defesa de Arruda. No entanto, nomes de peso do Democratas creem em prolongamento do desgaste do partido.
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Demóstenes Torres, afirmou que o DEM deveria expulsar sumariamente o governador José Roberto Arruda. Torres classificou como contundentes as imagens do governador e aliados recebendo dinheiro vivo. Ele acredita que ainda dá para reverter a pecha de “mensalão do DEM”, mas, para isso, salienta que é necessária a expulsão de José Roberto Arruda.
O relator do processo no Democratas, José Thomaz Nonô, disse que o prazo dado pelo partido para o governador apresentar defesa é razoável. Segundo Nonô, que é presidente do diretório alagoano do DEM, o direito ao contraditório é importante, mesmo num julgamento político.
Ao que tudo indica, a leitura do relatório que está sendo produzido
por Nonô será uma formalidade para não deixar
Arruda sem direito à defesa.
“A decisão já está tomada e eu diria que mais de 90% da Executiva irá decidir pela desfiliação”, afirmou o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), da Executiva, segundo o jornal Folha de S. Paulo.
O vice-governador Paulo Octavio também é acusado de envolvimento no escândalo do panetone no Distrito Federal. Mas até o momento, o DEM não abriu nenhum processo de expulsão contra ele ou outros envolvidos no mensalão.
O prazo para que José Roberto Arruda apresente defesa no processo de expulsão do DEM esgota-se na quinta-feira, ao meio-dia. O presidente do partido, Rodrigo Maia, marcou a reunião da Executiva Nacional do partido também para o mesmo dia, às 17h.