O DEM saiu dividido da reunião com o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, acusado de liderar um suposto esquema de propina descoberto pela Polícia Federal na Operação Caixa de Pandora. Após ouvir as justificativas do governador, alguns senadores, como Demóstenes Torres (GO) e Agripino Maia (RN), e deputados, como Ronaldo Caiado (GO), defenderam a expulsão sumária de Arruda, que, no entanto, disse que não irá deixar o cargo ou o partido.
O senador Heráclito Fortes (PI) defendeu a abertura de um processo disciplinar, que poderia durar até dois meses e que abriria prazo para Arruda se defender ainda como membro do DEM. O presidente do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ), informou que levará a questão para a Executiva decidir, em reunião amanhã (1º) à tarde, em Brasília.
Demóstenes Torres afirmou que, se o DEM não expulsar Arruda imediatamente, o partido poderá ser contaminado nacionalmente por problemas que, segundo ele, dizem respeito apenas à legenda no Distrito Federal.
Caiado disse que o julgamento na instância partidária é um julgamento político e que não significa uma injustiça em relação ao governador. Segundo Caiado, a imagem de defesa da ética que o DEM adotou irá água abaixo, caso o partido demore a tomar uma decisão, pensando nas eleições do próximo ano. Assim não vai adiantar nada ter mudado de nome, afirmou o deputado, referindo-se ao Partido da Frente Liberal (PFL), que em 2007 passou a se chamar Democratas.
Durante a reunião com os líderes democratas, Arruda, único governador eleito pelo partido, chegou a alegar inocência. Ele disse que o dinheiro que recebeu é referente a doações legais, devidamente registradas na Justiça Eleitoral. Arruda não admitiu desfiliar-se do partido para evitar desgaste para a legenda.O Partido deve decidir amanhã se expulsa ou não Arruda.
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