Situadas nas proximidades da cidade litorânea de Valparaíso, 670 quilômetros a oeste da costa, as ilhas Juan Fernández fazem parte da Rede Mundial de Reservas da Biosfera — status conferido em 1977 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

O prefeito de Valparaíso, Ivan de la Maza, confirmou que o tsunami provocado pelo terremoto invadiu algumas áreas da ilha Robinson Crusoé, em particular a localidade de San Juan Bautista. Três moradores estão desaparecidos.

De acordo com La Maza, uma embarcação está se dirigindo ao local a partir da cidade litorânea para prestar os primeiros socorros à população de Juan Fernández — território que deve seu nome ao navegador espanhol que o descobriu, na segunda metade do século XVI.

O arquipélago possui 147 quilômetros quadrados e é de origem vulcânica. Suas três ilhas principais — além de Robinson Crusoé, Alejandro Selkirk e Santa Clara — são habitadas por poucas centenas de pessoas, em sua maioria dedicadas à pesca de lagosta.

A ilha de Robinson Crusoé, que serviu de inspiração para o livro “As aventuras de Robinson Crusoé” (1719), do escritor Daniel Defoe, serviu de prisão para o Estado chileno até 1931.

O clima do território é subtropical e favorece o crescimento de uma vegetação frondosa, onde há uma fauna desenvolvida ao longo de milhões de anos. Entre os séculos XVII e XVIII, o local atraiu inúmeros corsários — tanto que sobrevive até hoje a lenda de um tesouro de 800 barris de ouro enterrado ali.

Foi para se defender dos piratas que em 1749 os conquistadores espanhois construíram em Robinson Crusoé o forte de Santa Bárbara, destruído e reconstruído sucessivamente e declarado, desde 1979, monumento histórico.


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Arquipélago de Juan Fernández foi atingido por grandes ondas

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