Aretha Franklin não começou sua carreira com o merecido título de Rainha do Soul. Por anos no começo dos anos 60 ela gravou pela Columbia tendo apenas sucessinhos. Os executivos cuzões chegaram a manter o seguinte diálogo: O que a gente faz com ela? Manda de volta pra Igreja.
Aretha era filha do reverendo C.L. Franklin, tem inclusive tem alguns discos de Gospel por aí. Ela começou a carreira aos 14 anos, gravando um disco, de, adivinha, Gospel, chamado The Gospel Soul of Aretha Franklin, de 56.
O produtor John Hammond tinha outros planos para ela. Ele mesmo queria produzi-la, e para isso a deusa (desculpe, é) foi levada para um estúdio chamado Muscle Shoals e lá saíram as divinas I Never Loved a Man (the Way That I Love You) e Do Right Woman. A primeira ficou quatro semanas em primeiro lugar na Billboard. Depois vieram Dr Feelgood e a iluminada Respect, com King Kurtis no trombone, um coral de responsa e que é definitivamente um hino aqui em casa. Não é de se admirar que vendeu um milhão de cópias e ficou por 14 semanas em primeiro lugar nas paradas.
Baby I Love You foi o segundo hit a vender um milhão de cópias. Já Chain of Fools ficou mais 14 semanas em primeiro lugar. Think, uma versão de Sam Cooke, também foi mais um dos hits de sucesso. Fico só imaginando o que os caras que queriam mandá-la de volta à Igreja pensavam nesta época.
Em 68 Aretha era merecidamente a mais aclamada cantora de soul music. Em 70, gravou o já hit de Ben E. King Dont Play That Song (You Lied) e, claro, também foi parar em primeiro lugar. Já Rock Steady ficou em segundo, porque não dá para ter duas músicas em primeiro.
Aretha está aí, viva, diva e cantando para nós. Espero que eu não morra de êxtase quando vê-la ao vivo.
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