A vitória do Rio de Janeiro na disputa pelos Jogos Olímpicos de 2016 leva Madri a voltar as atenções à candidatura conjunta de Espanha e Portugal para sediar as Copas de 2018 ou 2022, cujas sedes serão anunciadas em dezembro de 2010.

Ainda durante a Sessão anual do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Copenhague, o presidente do Governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, teve um encontro com o suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa e que participou da votação desta sexta-feira.

O presidente da federação espanhola de futebol (RFEF), Ángel María Villar, que sempre defendeu que o desejo de receber o Mundial não estava ligado à candidatura olímpica, também foi à Copenhague.
Ele estava no Rio, onde foi realizada a última reunião do Comitê Executivo da Fifa, no início da semana.

A proposta de Espanha e Portugal concorre com as de Austrália, Bélgica e Holanda, Coreia do Sul, Espanha, Inglaterra, Indonésia, Japão, Portugal, Catar, Rússia e Estados Unidos.

Diferentemente da escolha da sede dos Jogos, os candidatos sabem com clareza os critérios de escolha da Fifa. Com isso, foram descartadas candidaturas africanas por conta do Mundial de 2010, na África do Sul, e da América do Sul, já que o torneio vem para o Brasil em 2014.
Mas o organismo também deixou claro que não designará para 2022 uma nação que pertença à mesma confederação que a escolhida para o Mundial de 2018.

A única questão que gera dúvidas é algum receio de Blatter por candidaturas conjuntas, já que o dirigente questionou durante o Mundial de 2002, na Coreia do Sul e Japão.

A Uefa se mostra a favor disso, pois optou por conceder as últimas Eurocopas a projetos assim: Áustria e Suíça, que fizeram a edição de 2008, e Polônia e Ucrânia, com a de 2012.

Sede do Mundial de 1982, a última tentativa da Espanha de sediar um torneio internacional de futebol foi na Eurocopa de 2004, quando perdeu para o hoje aliado Portugal com o argumento de que o país vizinho merecia a competição por melhor infraestrutura de comunicações, estádios e hotéis.


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