O médico especialista em reprodução assistida Roger Abdelmassih deixou, por volta do meio-dia desta quinta-feira (24), o 40º Distrito Policial, na Vila Santa Maria, na Zona Norte de São Paulo, encerrando assim um período de quatro meses em que permaneceu preso,m pela acusação de ter violentado pacientes de sua clínica, localizada no bairro nobre do Jardim América.
Beneficiado por um habeas corpus emitido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, ele saiu do 40º DP sem falar com a imprensa, devendo passar o Natal e o Ano Novo com a família, também no Jardim América. Detido desde agosto, ele conseguiu a liberdade após seus advogados alegarem que o médico é réu primário, tem bons antecedentes e residência fixa, é um profissional respeitado, sendo que não havia qualquer indício de que sua liberdade seria uma ameaça para as vítimas.
Abdelmassih responde a 56 processos, mas a delegada titular da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, Celi Paulino Carlota, revelou que 65 mulheres teriam procurado o local e denunciado o especialista, sendo que outras quatro vítimas teriam passado pelo local após a prisão. O advogado José Luís de Oliveira Lima nega as acusações contra o médico, que também responde por manipulação genética e que está com o registro profissional suspenso por tempo indeterminado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp).