Apesar da crise financeira, as centrais e confederações sindicais vão receber um volume recorde de imposto sindical neste ano. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, trabalhadores e empresas desembolsaram R$ 1,707 bilhão para financiar o movimento sindical de janeiro a julho.
O valor, que corresponde a 10% dos gastos previstos para este ano com o pagamento do seguro-desemprego, já é maior que o total arrecadado em 2008, quando a receita da contribuição sindical somou R$ 1,655 bilhão. Até o final do ano, o volume arrecadado deve passar de R$ 2 bilhões.
Do montante recolhido, R$ 852 milhões foram destinados a sindicatos de trabalhadores e patronais, enquanto R$ 245 milhões ficaram com federações. As confederações levaram R$ 95,3 milhões. Na soma, os três grupos de entidades receberam R$ 1,192 bilhão, valor que supera o total contabilizado em 2008 (R$ 1,139 bilhão).
O imposto sindical existe desde a década de 40 e não está sujeito à fiscalização de órgãos de controle. A aplicação dos recursos por parte das entidades sindicais também é livre de fiscalização.