A Copa do Mundo que mexe, instiga, emociona e embala o sonho do sul-africano se aproxima a cada minuto, segundo, instante. O leitor do Vírgula já acompanhou a análise que fizemos de Argentina, Espanha, Alemanha e o dia a dia da Seleção Brasileira. Chegou a hora do arremate final: Itália, Inglaterra e Holanda.

Comecemos pelos campeões. Ou melhor, tetracampeões. O título de 2006 foi mais um fato improvável de uma seleção que chegava à época com jogadores vendo dirigentes acusados de manipulação de resultados no campeonato local. Saíram consagrados, com a taça na mão e faixas na bagagem. Conjunto e uma fortíssima defesa fizeram a diferença.

A Itália de hoje não só envelheceu. Enfraqueceu. Buffon é excelente goleiro, mas assim como Casillas, já esteve melhor. Isso vale para Cannavaro e Zambrotta. Destaque a quatro anos, o lateral Grosso nem veio à África do Sul depois de passar parte da temporada na reserva da Juventus. Totti e Del Piero estão no passado.

A base que defende o título é a mesma que o conquistou. Só De Rossi está melhor. Gattuso e Camoranesi chegam ao Mundial depois de uma série de contusões e Pirlo, que brilhou na Alemanha, é motivo de muitas orações dos tifosi. Está machucado.

Até o técnico – que saiu e voltou – piorou: Marcello Lippi não conseguiu ver sua equipe evoluir. O atacante Di Natale é das poucas novidades em um mar de mesmice.

A autoridade que talvez falte à Itália tem sobrado aos ingleses. E o mérito é de um italiano: Fábio Capello é o responsável por disciplinar e aumentar a confiança de um grupo que conta com Lampard, Gerrard, Rooney, Terry e Ashley Cole.

Um dos feitos do treinador foi conseguir montar uma equipe com dois meias que, por incrível que pareça, não conseguiam jogar juntos: Lampard e Gerrard. Antes, se um brilhava o outro sumia.

O corte de Rio Ferdinand foi um duro golpe. Pontos fracos: David James não é um goleiro à altura do time e Crouch é um centroavante grandalhão que faz gols na mesma proporção em que pisa na bola. É um grosso goleador.
A sensação pré-Copa é a Holanda. Ao lado da Espanha, os holandeses têm a equipe com o melhor toque de bola das seleções. E conta com uma grande vantagem: está menos badalada.

O técnico Bert Van Marwijk não tem a estampa de Louis Van Gaal, Van Basten, Dick Advocaat e conta com dois auxiliares que conhecem o ambiente da seleção: Frank de Boer e Phillip Cocu.

Stekelenburg não tem o nome de Van der Sar. Van Persie ainda não é famoso como Kluivert. O caso vale para Kuyt, Van der Vaart, Van Bommel.
Assim como Ferdinand, a Holanda tem um obstáculo interno a superar: a contusão de Robben que nao foi cortado, mas está fora da estreia. Olho em Sneijder, meia que chega ao Mundial em grande fase.
 
Se mantiver o nível de atuação das eliminatórias e amistosos, a Holanda dará muito trabalho. Fique de olho.


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Aperitivo: Itália, Inglaterra e Holanda

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