O governo do Amazonas decretou na quinta-feira (16/04) situação de emergência para todo o estado devido aos danos e às inundações que atingem milhares de pessoas, causados pelas fortes chuvas registradas desde outubro do ano passado. As inundações são consideradas as piores dos últimos 54 anos e ameaçam 185 mil pessoas.
“A situação é muito grave e milhares de famílias serão desalojadas”, disse Eduardo Braga, governador do Amazonas. As enchentes atingem 31 municípios e pode afetar até a produção industrial da zona franca de Manaus.
Os 14 municípios mais prejudicados, entre eles, Barreirinha, Jutaí e Atalaia do Norte, já começaram a receber kits de ajuda humanitária, com filtros de água, colchões, cobertores, toalhas e mosquiteiros.
Além disso, cada família desabrigada irá receber R$ 300 de ajuda emergencial do governo estadual. A retirada do dinheiro poderá ser feita nas agências do Banco Bradesco, com os cartões magnéticos que serão entregues pelas Forças Armdas às vítimas das cheias. Para isso, a Defesa Civil do Amazonas espera concluir, o mais rápido possível, o cadastramento dos desabrigados.
Se as chuvas continuarem, a cheia deste ano no Amazonas pode ser a maior desde 1902, quando o estado começou a registrar o nível dos rios. Até então, a maior ocorreu em 1953, quando o Rio Negro (parâmetro para essa medição) atingiu a marca dos 29,68 metros. De quarta (15/04) para quinta-feira (16/04), o nível subiu 3 centímetros e alcançou a marca dos 28,19 metros, segundo o Serviço Geológico do Brasil.