Uma equipe de médicos de Bolívia, Chile, Equador e México disse que a altitude de 3.600 metros de La Paz não afeta o rendimento dos jogadores nas primeiras quatro horas de sua chegada à cidade.

Ivo Eterovic, chefe do departamento médico da federação boliviana de futebol, disse à Agência Efe que essa é a conclusão preliminar de um estudo feito com os médicos Eloy Cárdenas, do México; Jorge Cajigal, do Chile, e Patrício Maldonado, do Equador.

Os médicos analisaram 20 jogadores de La Paz e igual número em Trinidad, cidade boliviana que fica no nível do mar. Eterovic disse que as conclusões definitivas só sairão em aproximadamente duas semanas porque é preciso verificar mais de 2 mil dados de todos os exames que foram feitos.

“Mas posso antecipar que vimos e comprovamos que as primeiras quatro horas depois da chegada (a La Paz) são importantes para o jogo e o esporte. Depois é que começa uma queda paulatina do rendimento”, explicou.

O médico da federação boliviana ressaltou que esta constatação nega o argumento da Fifa de que são necessárias duas semanas de adaptação para que uma equipe possa disputar uma partida em uma cidade na altitude como La Paz.

A seleção da Bolívia realiza seus jogos como mandante no estádio Hernando Siles, situado 3.600 metros acima do nível do mar. O estudo realizado foi financiado pela federação e terá uma segunda fase nos primeiros dias de setembro, em Quito.

As pesquisas iniciadas na Bolívia são reações à decisão da Fifa de vetar jogos em locais 2.700 metros acima do nível do mar, entre eles La Paz e Potosi, na Bolívia, e Quito, no Equador.


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Altitude de La Paz não afeta jogadores de imediato, dizem médicos

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