O novo filme de Nelson Hoineff não é apenas um documentário sobre o maior fenômeno de comunicação da TV brasileira. Os realizadores de Alô, Alô, Terezinha pegaram emprestados a irreverência e o deboche do anárquico apresentador Chacrinha para fazer um filme que não tem nada de sério ou de comum.
Alô, Alô, Terezinha tem uma edição que lembra um (divertidíssimo) programa de TV, no qual Chacrinha é o centro do complexo universo de jurados, Chacretes, artistas e calouros. E estão todos lá.
Os hilários calouros que, mesmo sendo eliminados da competição através de buzinadas, continuam se achando grandes artistas. Eles cantam em cima das lajes de suas casas, esculhambam cantores (os de verdade) e relembram, com saudades, dos programas de Chacrinha.
Grandes nomes da música brasileira também deram seus depoimentos sobre os tempos de programa. Roberto Carlos, Gilberto Gil, Fábio Jr., Alceu Valença e Fafá de Belém comentam seus momentos ao lado do apresentador. Ney Matogrosso revela que, quanto mais nu ele se apresentava, mais Chacrinha gostava.
As queridas e tresloucadas Chacretes são um capítulo à parte. Elas revelam seus romances da época, com jogadores de futebol e toda espécie de famosos, exibem suas formas atuais naquelas minúsculas roupas do programa e, é claro, ensaiam alguns passos de suas danças inesquecíveis.
Contar mais sobre o documentário é estragar a surpresa. Alô, Alô, Terezinha é um filme imperdível para todos os que têm bom humor e não dão a mínima para o politicamente correto. O filme estreia nesta sexta-feira (30), em todo o país.
