A alta do preço do álcool combustível já preocupa o governo brasileiro a ponto do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, admitir que mecanismos para intervir no mercado podem ser adotados. As declarações foram dadas na manhã desta quarta-feira (14).
A maior demanda do mercado externo por açúcar tem feito com que muitos produtores prefiram vender para outros países a produzir etanol para o mercado interno. Com isso, o preço do combustível acaba ficando mais caro.
Uma das medidas que podem ser adotadas pelo governo, de acordo com o ministro, é reduzir a mistura da quantidade de álcool na gasolina. Atualmente, a gasolina vendida nos postos brasileiros é composta por 25% de etanol. Este volume poderia cair para 23%. Outra possibilidade seria a redução de financiamento para formação de estoques.
O ministro entende que o álcool vive um momento de alta no mercado, que pode ser curto. “Precisamos ver até onde isso vai. Acredito que com tempo se normalize”. Para Stephanes, como a produção de álcool tem sido boa, o mercado tende a se autorregular.
Por se tratar de commodities, o açúcar e o álcool possuem preços regulamentados pelo mercado. Quanto maior a procura, maior tende a ser o preço. Se a demanda de açúcar é alta no exterior, o preço do produto pode ser maior que o do etanol para o Brasil. Com isso, os produtores preferem vender ao exterior para aumentar a lucratividade e aproveitar a alta dos preços.