Agentes do Departamento Americano Antidrogas (DEA) revistaram hoje o domicílio em Las Vegas do médico pessoal de Michael Jackson, Conrad Murray, como parte da investigação para esclarecer a morte do cantor.

Murray, que estava presente no domicílio do “rei do pop” no dia da morte do cantor, se tornou o alvo das investigações policiais, que se concentram em esclarecer se Michael Jackson foi vítima de um homicídio sem premeditação.

Até o momento, este médico, que estava tratando da saúde do cantor desde 2006, não foi acusado oficialmente de ter responsabilidade na repentina morte do artista, em 25 de junho.

A operação de hoje é a segunda que as autoridades realizam nos imóveis de Murray, depois que, na quinta-feira passada, a Polícia obteve uma ordem de revista para entrar nos escritórios do médico em Houston (Texas).

A permissão judicial chegou por causa dos resultados preliminares obtidos após a autópsia a Michael Jackson, que mostraram que a causa da morte poderia estar relacionada ao uso do Propofol, um potente anestésico geralmente usado em cirurgias.

Este sedativo foi encontrado pelas autoridades na residência alugada do cantor, em Los Angeles.

Fontes da investigação confirmaram esta semana que Murray forneceu esse medicamento a Michael Jackson na noite antes de sua morte, algo que o advogado do doutor negou reiteradamente, afirmando que seu cliente nem receitou, nem administrou ao cantor substâncias que acabaram matando o artista.

Um dos mais graves efeitos colaterais do Propofol – medicamento disponível apenas para pessoal médico e administrado por via intravenosa – é que pode provocar parada cardíaca se for misturado com certos analgésicos, mas poderia chegar a causar esse efeito sozinho, caso a dose fosse exagerada.


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