A nova sede da CBF, de autoria do arquiteto Paulo Casé, que terá também museu, hotel com 200 apartamentos e um complexo esportivo na Barra da Tijuca, ainda está na pedra fundamental, mas já está dando muito o que falar.
A Prefeitura do Rio anunciou que irá contribuir com R$ 20 milhões de reais no empreendimento a fim de erguer o Museu do Futebol – isso fora a anunciada doação do terreno em que será feita a obra. Por isso, foi aberta uma ação popular com objetivo de inviabilizar a negociação.
O autor da ação popular (instrumento que qualquer cidadão tem para questionar atos governamentais), o advogado Jorge Béja, já notificou o prefeito e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sobre a suposta venda ou doação do terreno de 104 mil metros quadrados, localizado na Barra da Tijuca, às margens da lagoa de Jacarepaguá (zona oeste), próximo à Cidade do Rock e ao autódromo. Ele questiona a venda sem concorrência pública, alegando que, caso tenha realmente sido feito desta maneira, o negócio é ilegal e deve ser anulado pela Justiça. “Um imóvel público somente pode ser vendido, sem licitação, para outro órgão ou entidade da administração pública, condição que a CBF não ostenta”, disse o advogado à Folha de S.Paulo.
A Prefeitura do Rio alega que o terreno não pertencia ao Executivo municipal – ainda que o prefeito tenha anunciado sua doação em entrevista coletiva. Na ocasião, Paes inclusive afirmou que o presidente da CBF insistia em pagar pela aquisição do terreno. No final das contas, a CBF teria ficado com outra área, na mesma avenida Salvador Allende, mas à frente do oferecido pela Prefeitura.
A informação foi confirmada pela assessoria da CBF. Em nota, a entidade garante que a área foi comprada de proprietários particulares.