“Re-editar” ou “reeditar”? “Coabitar” ou “co-habitar”? Muitas dúvidas surgiram em relação à ortografia por causa da recente reforma ortográfica. Mas a ABL (Academia Brasileira de Letras) anunciou para o próximo dia 19 o lançamento da quinta edição do “Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa” (Volp), que irá incorporar as mudanças estabelecidas pela reforma ortográfica, que vigoram desde janeiro deste ano.

Volp é o documento que registra a grafia oficial das palavras e sua nova edição irá contar com 349.737 verbetes e terá 887 páginas. Apresentadas sob forma de lista e por ordem alfabética, as palavras vão incluir a classificação gramatical de cada uma, além dos estrangeirismos – cerca de 1.500 – que aparecem na parte final da obra.

Quem coordenou o projeto foi o estudioso Evanildo Bechara, que lidera a Comissão de Lexicografia e Lexicologia da ABL. Em nota explicativa, o acadêmico disso: “acreditamos ter contribuído para a elaboração do futuro ‘Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa’, tarefa não só proposta pelos signatários do novo Acordo, mas que foi também sonho dos fundadores da ABL em 1897”.

Principais questões

O novo dicionário pretende esclarecer, principalmente, o uso do hífen. Outro ponto questionável do Acordo, que o novo dicionário esclarece, é o caso da acentuação em palavras como “destróier”. O novo Acordo diz que paroxítonas com ditongos abertos, como “ei” e “oi”, perdem o acento. Mas é uma regra específica, mas esqueceu que tem paroxítonas com esses ditongos que terminam em “r”, que são obrigatoriamente acentuadas, explica Bechara.


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Academia Brasileira de Letras lança dicionário com mudanças da reforma ortográfica

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