Hoje (30) é o último dia para o consumidor comprar o carro popular com isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), já que o Ministério da Fazenda não sinalizou sobre mudanças no cronograma para o fim da alíquota zero ou redução, em alguns casos, para os automóveis. Com isso, a cobrança do imposto volta a partir de amanhã (1º).
Inicialmente, o imposto volta com alíquota de 1,5%, passando para 3% em novembro, 5% em dezembro e retornando a 7% a partir de janeiro de 2010.
Para o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, a redução do IPI trouxe um aspecto muito importante para a retomada de alguns segmentos – como eletrodomésticos da linha branca, automóveis, bens de capital e construção civil. Mas ele considera cedo para fazer uma análise mais profunda sobre os impactos na economia daqui para a frente.
A redução do IPI sobre veículos leves, desde dezembro de 2008, foi importante porque, diante da crise, resultou em um aumento de 13,4% das vendas internas no primeiro semestre deste ano.
A medida contribuiu também para manter de 50 mil a 60 mil empregos no setor, de acordo com conclusões da nota técnica Impactos da Redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de Automóveis, divulgada no início do mês pela Diretoria de Estudos Macroeconômicos (Dimac) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Os carros de 1.000 cilindradas, que tinham alíquota de 7% de IPI, ficaram isentos do imposto. Para os veículos entre 1.000 e 2.000 mil cilindradas, a redução foi de 13% para 6,5%, para os modelos a gasolina e de 11% para 5,5%, para modelos a álcool e flex.