Jogador moderno, ídolo, referência, exemplo de profissionalismo. Elogios (a maioria merecidos) não faltam a Kaká, mas o meia do Real Madrid não é um dez da bola como Puskas, Pelé, Maradona, Zidane, Rivelino, Rivaldo…
 
Camisas dez legítimos conquistaram mundiais comandando suas seleções. Outros que usaram a mística camisa não tiveram a mesma sorte, mas foram geniais, como Platini e Zico.
 
Mazinho e Zinho, por exemplo, tinham talento, se enquadraram no esquema de Parreira em 1994 e colocaram o dez Raí na reserva. Não eram craques. Úteis, inteligentes e donos de ótimo preparo físico.
 
Esse modelo se aplica a atual filosofia do treinador da seleção brasileira. Para Dunga, Kaká basta: “Não precisamos de mais ninguém pensando o jogo”, dedução que parece obvia se levarmos em conta que não havia um dez que tivesse se destacado nos últimos meses/anos.
 
Foi muito rápido, meteórico, mas assim é o futebol: apareceu Paulo Henrique Ganso.
 
É fato que estamos cobrando e não demos chance a Dunga de se defender, já que não se manifestou depois da última convocação; imagino que está rindo de todos nós. É claro que vai levar o Ganso!!!
 
Analisando outros nomes, sabemos que Adriano é homem de área e não vai, por irresponsabilidade, colocar tudo a perder. Ou o sumiço nos treinos e a forma física vão tirá-lo da África do Sul às portas do Mundial?
 
Luis Fabiano faz as duas funções de atacante, é mais completo, diferente de Neymar; o quase homônimo, Nilmar, ficará com a terceira vaga, além de Robinho, jogador de confiança da dupla Dunga-Jorginho.
 
Já na lateral-esquerda…Roberto Carlos pediu uma chance, merece, está em forma e tecnicamente é imbatível  na posição. Michel Bastos tem atributos que agradaram, mas não convenceram totalmente o “professor”, que na ultima lista foi ao limite, chamou Gilberto ex-ala e agora meia no Cruzeiro.
 
Que me perdoem os volantes de primeira e segunda função. E olha que são tantos! (culpa dos técnicos). Levam vantagem aqueles que atuam no exterior. Dunga seguiu a bobagem do Parreira que cansou de falar que jogador de seleção tem de atuar na Europa.
 
Só não pode levar o Kleberson: o campeão do mundo não tem mais o mesmo fôlego, foi preterido por Andrade (e ainda não encantou Rogério Lourenço), embora tenha entrado bem no segundo tempo diante do Corinthians.
 
Dunga acertadamente confia na sua convicção, nos seus companheiros, mas jamais brigaria com o talento.
 
Aposto na lista com
 
Goleiros:

Júlio César (Internazionale)
Doni (Roma)
Victor (Grêmio)
 
Laterais:

Maicon (Internazionale)
Daniel Alves (Barcelona)
Michel Bastos (Lyon)
Marcelo (Real Madrid), mas levaria Roberto Carlos (Corinthians)
 
Zagueiros:

Lúcio (Internazionale)
Juan (Roma)
Thiago Silva (Milan)
Luisão (Benfica)
 
Meias:

Ramires (Benfica)
Gilberto Silva (Panathinaikos)
Felipe Melo (Juventus)
Elano (Galatasaray)
Kaká (Real Madrid)
Júlio Baptista (Roma)
Ganso (Santos)
Josué (Wolfsburg)
 
Atacantes:

Luis Fabiano (Sevilla)
Nilmar (Villarreal)
Adriano (Flamengo)
Robinho (Santos)
 
Colaboração: Raphael Prates


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Kaká é 8. Brasil precisa de um 10

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