Um tribunal britânico rejeitou nesta sexta-feira (12) o recurso movido por Nadia Eweida, funcionária da companhia aérea British Airways que foi impedida de usar um crucifixo quando trabalhava. Aos 58 anos, Nadia move um processo por discriminação religiosa e pede indenização da empresa após um polêmico episódio.
Em 20 de setembro de 2006, a funcionária do balcão de check-in do aeroporto de Heathrow, em Londres, foi obrigada a voltar para casa após se recusar a tirar ou cobrir o crucifixo. Na época, de acordo com os padrões de vestimenta da companhia, símbolos religiosos poderiam ser usados, desde que não fossem visíveis. O episódio desencadeou um intenso debate na Inglaterra sobre a religião na vida pública.
No entendimento da Justiça, a British Airways não pode ser responsabilizada por discriminação, uma vez que o comportamento da empresa foi pautado em suas próprias regras.
O grupo de direitos humanos Liberty, que apoiou Nadia Eweida, diz que vai recorrer da decisão na Suprema Corte Britânica.