O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) sancionou 33 empresas por irregularidades no manejo do carvão vegetal para suas atividades industriais.
O órgão explicou que as 33 companhias foram multadas em um total de R$ 275 milhões e que, na maioria, as sanções se deveram à falta de reflorestamento das regiões em que obtinham lenha.
Além de serem multadas, as 33 empresas, entre elas algumas do setor siderúrgico, serão obrigadas a suspender suas atividades até que se ajustem às normas ambientais em vigor, que as obrigam a reflorestar as regiões em que obtêm o carvão vegetal.
Roberto Cabral Borges, porta-voz do Ibama, explicou que as indústrias devem funcionar, mas não apoiadas “na destruição dos ecossistemas”.
O funcionário lembrou que o Código Florestal Brasileiro, que data de 1965, deu um prazo de 20 anos para que as companhias que usam carvão vegetal em suas operações criassem mecanismos que garantissem o reflorestamento das regiões exploradas.
“As empresas devem investir em uma produção sustentável (de carvão vegetal), pois de outro modo haverá um colapso econômico e ambiental”, disse Borges.
Segundo o Ibama, a maioria das empresas sancionadas opera no Pará.