Aproximadamente 70 mil mortos no terremoto da última terça-feira (12) no Haiti foram enterrados em valas comuns, segundo anunciou o secretário de Estado para a Alfabetização, Carol Joseph, nesta segunda-feira (18).
Além do estado de emergência decretado até o fim do mês, que suspende várias garantias constitucionais, o Governo decretou um período de luto nacional de 30 dias a partir desta segunda, que vai até o dia 17 de fevereiro.
Os cadáveres que continuam aparecendo sob os escombros são transportados a valas comuns, onde são cobertos com uma solução de cal virgem, segundo explicou o ministro da Saúde, Alex Larsen, que não descartou a possibilidade de queimá-los para evitar a propagação de doenças infecciosas.
Segundo o ministro do Interior, Antoine Ben-Aimé, o terremoto causou a morte de 100 mil pessoas, embora outras fontes asseguram que podem ser mais.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros da capital haitiana, Porto Príncipe. A Cruz Vermelha do Haiti chegou a estimar que o número de mortos ficaria entre 45 mil e 50 mil. Na quarta-feira (13), o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, já havia falado em “centenas de milhares” de mortos.
O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 15 militares do país que participam da Minustah, a missão da ONU no Haiti, morreram em consequência do terremoto. A médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, e Luiz Carlos da Costa, o segundo civil mais importante na hierarquia da ONU no Haiti, também morreram no tremor.