Foram semanas de pressão de bastidores por parte de respresentantes dos bares e restaurantes. Mas valeu a pena. Segundo fontes não-oficiais, o governo estadual estuda um relaxamento na lei antifumo, permitindo o funcionamento de estabelecimentos só para fumantes.
Para Anderson Battisado, do Sindicato dos Hotéis, Restaurante, Bares e Similares de São Paulo, a notícia vem em boa hora. “A lei antifumo pegou, não há dúvida, todo mundo respeita, mas não há como negar que o movimento caiu. Muitos fumantes deixaram de ir a locais públicos.”
A proposta é que sejam criadas casas e bares onde o fumo é liberado. O aviso de que o local é tolerante ao fumo teria que ser bem claro na divulgação e na fachada. O mesmo valerá para a hora da contratação de funcionários, que assinariam termos declarando estarem cientes de que irão trabalhar em local onde o fumo é permitido.
Fumantes baladeiros comemoram a novidade. “Estava preferindo muito mais ir em festas na casa de pessoas,” conta o representante comercial Márvio de los Angeles. “Esse tipo de coisa me incentiva a ir mais à balada.”
“Eu acho que o direito de fumar tabaco, que não é ilegal, estava sendo atropelado”, pondera a personal trainer Vanda Tenório. “Quem fuma tem direito de ter lugares onde pode desfrutar seu hábito.”
Segundo pesquisa recente do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), o Brasil ainda tem bastante fumantes. Em 2008, ele somava 24,6 milhões de fumantes habituais com 15 anos ou mais de idade em 2008, ou o equivalente a 17,2% da população.