75 % de aproveitamento, três título na bagagem, melhor média de gols dos últimos 15 anos, defesa sólida, considerada uma das melhores do mundo, grupo fechado e comprometido. É assim, depois de quase quatro anos, que a Seleção Brasileira estréia na Copa do Mundo.
Se os métodos de trabalho e a filosofia de jogo podem e devem ser contestados, os números não. Dunga tem retrospecto incontestável como técnico da mais vitoriosa seleção de futebol do planeta. Até o dia 15 de junho de 2010, as estatísticas lhe dão razão. Seu aproveitamento é (muito) superior a de Vanderlei Luxemburgo, Luiz Felipe Scolari, Zagallo e Carlos Alberto Parreira, só para citar alguns.
Chegamos à África do Sul
No território da Copa, Dunga seguiu com exageros o que prometera: treinos fechados e distância da imprensa.
Mas ao contrário do que poderíamos imaginar não há nenhuma mudança. TODOS SABEMOS QUAL É O TIME E FORMA DA EQUIPE ATUAR. OS ADVERSARIOS TAMBÉM E ESSE PODE SER O GRANDE ADVERSÁRIO.
E nós, sabemos como joga a Coréia do Norte? Pelas respostas dos jogadores, Não. Devem jogar em função do que tem de melhor: velocidade e condicionamento físico.
Não se iluda com comentários do tipo “olha, lá tem o Yong-Jo, tem o Tae-Se…” isso é papo furado. É a mais pura enganação. Respostas vazias para encobrir desconhecimento.
Os principais jogadores norte-coreanos não teriam capacidade para jogar em quase nenhum time brasileiro. E olha que também temos jogadores ruins por aqui.
O fato de ser uma seleção completamente fechada – seguindo o regime ditatorial do país – impossibilita intercâmbios, fundamental para evolução em todas as áreas inclusive no esporte. Os coreanos estão algumas Copas atrasados.
Os vizinhos e rivais do sul são um belo exemplo disso: investiram na globalização.
E o jogo em Johanesburgo
Tenho dúvidas em relação ao futuro, mas para esse jogo não. Nenhum outro resultado que não seja uma vitória poderá ser justificado.
Só o nervosismo de uma estréia poderá equilibrar uma partida com duas seleções de níveis tão diferentes.
Aposto em goleada do Brasil.
Que o patriotismo destemperado de Jorginho não seja um peso.
Colaboração: Raphael Prates