Fundado oficialmente na Suécia em 2006, o Partido Pirata – que tem entre seus entusiastas jovens que defendem a liberdade e circulação do conhecimento na internet – teve seu braço brasileiro estruturado em 2008, durante a primeira edição da Campus Party Brasil.

De lá pra cá, o coletivo ainda não conseguiu reunir forças para se tornar um partido legítimo. De acordo com a legislação do Brasil, para que o coletivo se torne um partido é necessário ter um documento com assinaturas que comprovem a participação de 0,5% do eleitorado, contando com eleitores de no mínimo nove estados. “O Partido Pirata funciona como um anti-partido. Então não é de extrema importância sermos legalizados”, contou ao Virgula Leandro Chemalle, um dos “piratas” que está na Campus Party divulgando as ideias do grupo.

De acordo com Chemalle, um dos objetivos dos piratas é mostrar que é possível se organizar politicamente de uma forma diferente da que acontece hoje. “A noção de bloco distrital, na qual o seu eleitorado é formado pelas pessoas do distrito onde mora o candidato, não faz mais nenhum sentido com a internet. Meu eleitor não está necessariamente perto de mim e isso é uma das coisas que queremos mudar”.

Quando questionado sobre o que de fato eles pretendem fazer pelo Brasil quando o partido for oficializado, Chemalle deixa claro que o intuito é mesmo uma luta segmentada, baseada em propostas para reforma dos direitos autorais, fim das patentes e liberdade de circulação do conhecimento na internet.

“Somos focados nessa causa por um motivo bem claro: nenhum outro partido brasileiro vai se dedicar a essa liuta. Na pauta deles estão muitas outras questões prioritárias para o País”.

Para saber mais sobre a história do Partido Pirata, clique aqui.


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Desde a primeira Campus Party, veja o que mudou no Partido Pirata Brasileiro

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