O Escritório de Interesses Cubanos em Washington assegurou que o Governo de Cuba coopera com a luta internacional contra o terrorismo e rejeitou sua inclusão pelos Estados Unidos na lista de países que incentivam esse tipo de crime.


 


Em declarações à Agência Efe, o porta-voz do Escritório de Interesses Cubanos em Washington, Alberto González, se mostrou consternado com a inclusão de Cuba na lista negra do Departamento de Estado americano e assegurou que seu país “cumpriu, cumpre e cumprirá com as medidas de segurança reconhecidas internacionalmente para estes casos”.


 


Segundo González, Cuba “não reconhece autoridade moral alguma ao Governo dos EUA para certificar sua inclusão e a dos cubanos neste tipo de lista”.


 


Após o fracassado atentado contra um voo que pousaria em Detroit no último dia do Natal, os EUA extremaram a revista de passageiros estrangeiros, em particular os de Cuba, Irã, Sudão e Síria, países que acusa de incentivar o terrorismo.


 


Também passarão por revistas mais intensas nos aeroportos americanos os passageiros de “países de interesse”, cuja lista inclui Afeganistão, Argélia, Iraque, Líbano, Líbia, Nigéria, Paquistão, Arábia Saudita, Somália e Iêmen.


 


O porta-voz do Escritório de Interesses Cubanos em Washington acrescentou que “o território cubano jamais foi utilizado para organizar, financiar ou executar atos terroristas contra os Estados Unidos da América ou qualquer outro Estado”.


 


Nesse sentido, sugeriu que a inclusão de Cuba na lista negra tem cunho político, porque o Governo de Washington “não pode citar um só ato ou intenção terrorista que tenha vindo de território cubano”.


 


Segundo Gonzales, Cuba foi “vítima de violência e terrorismo” de pessoas como Luis Posada Carriles, acusado por Havana da explosão de um avião cubano e que permanece nos Estados Unidos por infrações migratórias.


 


Em abril de 2009, o Departamento de Estado americano decidiu manter Cuba em sua lista negra considerar que membros de grupos como ETA, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército de Libertação Nacional (ELN) “permaneceram em Cuba em 2008”.


 


Além disso, um relatório do departamento diz que as autoridades cubanas seguiram com sua defesa das Farc, organização que os EUA consideram como terrorista.


 


O Governo de Washington e alguns líderes conservadores do Congresso também expressaram sua preocupação com os vínculos de Cuba com o Irã.


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Cuba diz que coopera em luta antiterrorista e rejeita inclusão em lista negra

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