Já está funcionando o hospital de campanha da Aeronáutica no Haiti, que tem por objetivo auxiliar no socorro às vítimas do forte terremoto, de 7 graus na escala Richter, que devastou a capital Porto Príncipe no início da noite de terça-feira (12), deixando um número ainda desconhecido de mortos (as estimativas já passam da casa dos 70 mil). Na noite do domingo, os 48 militares que no local trabalham realizaram a primeira cirurgia, a amputação do pé de uma mulher de 37 anos, que ficou presa sob os escombros de uma igreja após o tremor.
Na tragédia, ela perdeu uma filha, de apenas três anos. Os equipamentos chegaram ao Haiti apenas no sábado, em razão dos problemas com o tráfego aéreo, possibilitando a abertura do hospital, que está em uma área próxima da base brasileira, a dez quilômetros do centro de Porto Príncipe, e pode atender entre 300 e 400 pessoas por dia, contando com UTI, centro cirúrgico, raio X, laboratórios e área para atendimento ambulatorial.
O Exército confirmou a identificação do 16º militar morto no Haiti. Aassim, o país conta 18 vítimas, incluindo a fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, e o representante especial adjunto do secretário-geral das Nações Unidas (ONU) no Haiti, o diplomata Luiz Carlos da Costa.
Outras iniciativas
A Organização Internacional para Migrações, órgão ligado à ONU, manifestou na manhã desta segunda-feira (18) a vontade de abrir um campo de refugiados para abrigar até 100 mil pessoas (aproximadamente 20 mil barracas), mas o local em que o campo ficará ainda não foi escolhido, de acordo com o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha).
O Ocha ainda informou que “o preço da gasolina aumentou até o equivalente a US$ 10 por galão”, que equivale a 3,8 litros, o que estaria complicando as missões de socorro. Para minimizar os problemas, a ONU teve de trazer 10 mil litros de gasolina, em caminhões-pipa, de Santo Domingo, na vizinha República Dominicana.