Cientistas da NASA, a agência espacial americana, da Força Aérea e das Universidades de Purdue e Pennsylvania estão desenvolvendo um novo tipo de combustível de foguete, feito a partir de água congelada e nanopartículas de alumínio, resultando em vapor dágua e óxido de alumínio, muito menos poluente que o utilizado atualmente.
Batizado de ALICE (aluminum-ice ou alumínio em forma de gelo), o novo propelente, além de poluir menos, poderia ser fabricado em locais inóspitos como a Lua, Marte ou qualquer outro lugar com reservas de água, abrindo novas fronteiras para a exploração espacial, reduzindo os custos das missões e a poluição dos atuais lançamentos, já que não seria necessário carregar o combustível para voltar para casa pois a nave seria reabastecida durante a missão. Hoje, os foguetes e naves espaciais colocados em órbita despejam
centenas de toneladas de gases poluentes na atmosfera à cada lançamento, como
ácido hidroclorídrico.
De acordo com os cientistas envolvidos na pesquisa, a água fornece o oxigênio e o hidrogênio usados na reação com o alumínio, cujo tamanho microscópico das partículas permite uma rápida combustão do material além de um melhor controle sobre a propulsão do foguete.
No estágio atual de desenvolvimento, o combustível ainda precisa ser congelado, mas os cientistas querem chegar ao formato em gel que, por sua vez, teria aplicação também em veículos já movidos com células de hidrogênio