O Instituto Butantan recebeu da França na terça-feira (5) cerca de 600 mil doses prontas e 5 milhões de doses concentradas de vacina contra a gripe suína, doença causada pelo vírus Influenza A (H1N1). A ideia é fazer a imunização para evitar uma epidemia da doença assim que o inverno se aproximar, no meio do ano.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, a campanha de vacinação nacional deverá ter início em março ou abril. O Butantan vai receber no total, até março, 41 milhões de doses da vacina. Desses, 23 milhões serão de doses prontas vindas dos Estados Unidos e 1 milhão de doses prontas da França.

Com as doses da vacina, o Butantan deverá aplicar uma tecnologia própria capaz de dobrar a capacidade de cada dose. A técnica consiste na utilização de um adjuvante patenteado no Brasil, substância que aumenta o poder das doses. Com isso, o Butantan espera duplicar a potência de parte do material comprado, diminuindo o custo da ação em 50%. A execução do procedimento ainda depende de uma autorização da Agência Nacional Vigilância Sanitária (ANVISA).

O governador de São Paulo, José Serra avaliou que, apesar da diminuição da doença em São Paulo, o problema não está resolvido. Serra afirmou não ter dúvidas de que a Anvisa vai definir logo as formas de utilização da vacina. “Não pode-se dizer que o pior já passou, pois o problema é cíclico. Nossa expectativa é que neste ano, com a vacina, a gripe seja contida”, disse.

Já o secretário estadual da saúde, Luiz Roberto Barradas, explicou que o Butantan ainda aguarda autorização para multiplicar as doses recebidas. De acordo com Luiz Roberto Barradas, a partir de março já será possível imunizar gestantes e crianças. A preocupação do governo brasileiro é com o inverno, quando aumentam os casos de gripe suína no país.


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Brasil recebe primeiro lote de vacinas contra gripe suína; Técnica pioneira pode ajudar a duplicar doses

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