Os Governos de Brasil, Haiti e República Dominicana definiram uma série de medidas prioritárias diante da caótica situação que o país enfrenta desde o terremoto do terça-feira, entre elas o resgate de vítimas e a criação de abrigos, informaram nesta sexta-feira fontes oficiais.
Estas propostas saíram de uma reunião que o ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim, teve ontem com os presidentes haitiano, René Préval, e dominicano, Leonel Fernández.
As medidas incluem ainda o sepultamento de mortos em valas comuns, o restabelecimento dos sistemas de energia e comunicação e a instalação de barracas de campanha e hospitais para o atendimento s à população afetada, segundo um comunicado da Presidência da República Dominicana.
De acordo com a nota, o Brasil, que lidera o corpo militar da Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah), é quem vai coordenar as ações.
Na reunião, Préval insistiu na construção de abrigos temporários para os haitianos que perderam suas casas.
O terremoto de 7 graus na escala Richter aconteceu às 19h53 de Brasília da terça-feira e teve epicentro a 15 quilômetros de Porto Príncipe, a capital do país. A Cruz Vermelha do Haiti estima que o número de mortos ficará entre 45 mil e 50 mil.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro do país, Jean Max Bellerive, havia falado de “centenas de milhares” de mortos.
O Exército brasileiro confirmou que pelo menos 14 militares do país que participam da Minustah morreram em consequência do terremoto.
A brasileira Zilda Arns, fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, ligada à Igreja Católica, também morreu no tremor.
Diferente dos dados do Exército, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, aumentou hoje o número de mortos para 17 – considerando as mortes de Luiz Carlos da Costa, funcionário da ONU, e de outro brasileiro que não identificou -, segundo informações da Agência Brasil.